O cérebro e a comunicação



TEORIA DO CÉREBRO TRINO

 

A evolução ao longo dos milhares de anos do ser humano, levaram a várias fases de desenvolvimento que o levaram a sair de um nível próximo ao de um animal selvagem e o transformaram num ser racional.

 

Afinal como funciona o nosso cérebro?

Uma das teorias sobre o nosso cérebro é a de que temos um cérebro dividido em três partes. Cada uma dessas partes funcionam de forma diferente. Este conceito foi apresentado em 1970 pelo neurocientista PAUL MACLEAN, que desenvolveu a Teoria do Cérebro Trino. Esta teoria demonstrou que o nosso cérebro é dividido em 3 partes funcionais diferentes:

✅ O cérebro reptiliano ou cérebro instintivo, é a parte do cérebro que trata dos nossos instintos, movimentos corporais, da nossa coordenação motora e garante a nossa sobrevivência, como por exemplo quando nos encontramos em situações de perigo. Também assegura o funcionamento das nossas necessidades físicas inconscientes como por exemplo a nossa respiração e os nossos batimentos cardíacos.

 O cérebro límbico ou cérebro emocional, é a parte do cérebro responsável pelas nossas emoções. Também é onde guardamos os nossos sentimentos e memórias positivas e negativas, como por exemplo a memória do nosso primeiro amor. Na verdade, o cérebro emocional é uma “fábrica de reações químicas”, como por exemplo numa situação de medo, o cérebro produz e liberta adrenalina no nosso corpo.

 O cérebro intelectual ou cérebro neocórtex, é a parte do cérebro que nos diferencia dos demais animais. Permite-nos desenvolver o raciocínio lógico, argumentativo e abstrato, com capacidade para gerar invenções e avaliar antecipadamente as vantagens e desvantagens.  


Compreendendo como funcionam os 3 cérebros no ser humano, surgiram abordagens de como desenvolvemos a nossa comunicação humana.

 

MARQUES, J.R. Professional & Self Coaching: 1ªedição, Goiânia: IBC, 2018, apostila de curso

“Se você falar com um homem numa linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele na sua própria linguagem, você atinge o seu coração. 

– Nelson Mandela  


Então, qual a importância da linguagem corporal na comunicação?

Segundo Albert Mehrabian, os nossos gestos e expressões faciais falam muito mais do que palavras. Segundo o seu estudo de 1950, definiu que na comunicação humana utilizamos 7% do nosso cérebro intelectual (ou seja, deve-se somente às palavras), 38% do nosso cérebro emocional (ou seja, deve-se ao tom da voz, velocidade, ritmo, volume, timbre) e 55% do nosso cérebro reptiliano (ou seja, deve-se à minha intenção de falar, postura, gestos, expressões faciais).


Vamos a exemplos concretos:

👉 código utilizado por grupos Militares

Grupos de militares ou policias por exemplo, utilizam códigos de gestos para transmitirem mensagens como acelerar, agrupar, parar, retirar.

 

👉 gestos culturais

O gesto da mão fechada e o dedo do polegar para cima transmite uma mensagem positiva, de agrado ou de pedido de boleia. No entanto em países como o Irão, a mensagem que passa é de grande insulto, está a dizer “para enfiar o preço (ou outro assunto que estejam a falar) num sítio que eu cá sei”. Por isso, cuidado como pedem boleia em alguns países.

 

👉 linguagem corporal na sedução

No momento da sedução, a maior parte da linguagem utilizada é corporal. Se a junção do tom da voz, expressão facial e postura for bem usada, irá gerar atração das pessoas.

 

Como vês, compreender a evolução do cérebro, a teoria do cérebro trino e como funciona, torna mais fácil compreender a comunicação e, por conseguinte, a desenvolvermos uma comunicação mais eficaz. 


Já começaste a pensar na comunicação que usas no teu dia a dia?


Infografia:

MARQUES, J.R. Professional & Self Coaching: 1ªedição, Goiânia: IBC, 2018, apostila de curso.
https://inforh.pt/o-que-e-e-para-que-serve-o-coaching/
(https://www.icf.pt/)
WEIL, Pierre; TOMPAKOW, Roland. O corpo fala: a linguagem silenciosa da comunicação não-verbal. Petrópolis, Ed. Vozes, 1973. 74a. ed., 2015



Cristina Azenha Saraiva
Membro



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